domingo, 10 de agosto de 2014

O amor pelo trabalho


Olá!


Hoje, aqui no Brasil, comemoramos o dia dos pais. Deixando de lado todos os apelos comerciais que estas datas trazem consigo, há sim uma oportunidade para prestar homenagem a todos os que escolheram a paternidade no caminho.

Em meus cursos e palestras vez ou outra compartilho recortes de minha história, e um dos que mais me orgulho, é o que aprendi em uma conversa com meu pai. Um homem simples e muito honesto. Mecânico que nunca passou por perto dos bancos de faculdades, mas seu exemplo de esforço sempre nos inspirou.

Infelizmente, quando eu estava com 13 anos de idade, ironicamente um acidente de automóvel pôs um ponto final na sua caminhada. Mês passado, este infortúnio completou 25 anos. O que fez que minha mãe, uma mulher guerreira, comunicativa, hábil na arte de trabalhar incansavelmente em sua máquina de costura, seguir sozinha a caminhada de criar os filhos. E o fez de forma impecável.

Meu pai, que dentre varias manias e hábitos, tinha uma em especial que me chamou atenção. Eu, em minha pouca idade percebi que ele todos os dias ia trabalhar sempre de roupa social. Calça, camisa, sapato e penteado bem feito. Saía bem cedinho, beijava um por um dos filhos ainda na cama e partia para a sua oficina. No final do dia, retornava para casa novamente com as roupas limpas e bem arrumado. 

Aquilo me intrigou e me fez perguntar a ele o motivo disto, pois em minha limitada experiência, não entendia porque ele já não saía vestido com seu macacão de mecânico de casa, pois pensei que seria o mais lógico a ser feito. Foi aí que meu pai deu um ensinamento de liderança que levo comigo e aqui registro neste espaço com meus amigos e amigas que acompanham meus textos.

Ele me disse:

- Filho, para o trabalho e para a família, você só pode mostrar o que é melhor seu! Por isso nunca posso aparecer sujo ou mal arrumado aqui, nem chegar assim no lugar onde trabalho.

Esta fala dele ecoa na minha memória até hoje. Sempre me emociono ao lembrar disso, que me traz muita felicidade em ter tido a oportunidade aprender com este exemplo tão perfeito e esclarecedor.

Por este motivo, aprendi a amar o meu trabalho, assim como amo minha família. Aprendi que trabalhar é algo bom, algo que enobrece e engrandece. Aprendi com meus pais que trabalhar não é um castigo e sim um presente, uma oportunidade de darmos o nosso melhor.
Aprendi que preciso chegar bem todos os dias no meu local de trabalho, que preciso mostrar o que é melhor em mim, pois é de lá que sai a minha vitória diária. Aprendi que preciso chegar em casa bem, animado, e também mostrar o que é melhor aos que me aguardam.

Sei que não é fácil. Sei que as dificuldades do dia-a-dia teimam em nos seguir, mas acredito que temos a escolha de permitir se elas entrarão conosco em casa ou no trabalho.

Hoje, aqui, rendo minhas homenagens ao meu saudoso pai. E aproveito para deixar registrado meu abraço a todos os pais que escolhem ser verdadeiros exemplos às suas famílias. 


E, ofereço a flor da cerejeira como minha oferta. No Japão, chamada de Sakurá, ela é considerada como um dos símbolos nacionais, representa a fragilidade da vida. Pois, como fica pouco tempo florida, deixa a lição de aproveitar cada momento, já que o tempo passa rápido e a vida é curta.

Assim, aproveite cada momento. Se está com seu pai contigo, curta os aprendizados ao seu lado. Se há alguma desavença entre vocês, é hora de deixar isso de lado, pois rancor e ressentimento não são bons companheiros na caminhada. Se não está ou não o conheceu, seja então você o exemplo para teus filhos e para a sociedade. Faça o seu melhor como a flor da cerejeira, somente aceite ser a sua melhor versão!


Um forte abraço.





2 comentários:

  1. Linda homenagem, e que exemplo de vida ! Dar o nosso melhor sempre, remando contra á maré muitas vezes, mas sabendo que o final é recompensador : uma família unida, um trabalho gratificante, que te faz bem ! Parabéns, pelo post e pelo dia dos pais atrasado !

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  2. Olá!
    Muito obrigado pelo comentário, Anônimo.

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