sábado, 31 de março de 2012

Quer mais motivação?

Olá!

Tenho visto muitas organizações adotando certos "mantras" ou jargões motivarescos, a fim de tentar trazer à tona a importância do engajamento de todos.

Usam ditos corporativos como "agir como dono do negócio", ou "vestir a camisa da empresa" que circulam pelos corredores e nos auditórios de treinamentos, proferidos por chefes ou por palestrantes contratados como verdadeiros "mensageiros" da motivação e comprometimento.

A fim de encontrarem o santo graal da motivação, utilizam dos mais curiosos expedientes, tentando doutrinar os funcionários para que se "doem" mais, para que sejam mais comprometidos com a empresa.
Já vi e ouvi barbaridades que vão das clássicas reuniões em hotéis para palestras ou verdadeiras "missas corporativas", onde há distribuição de brindes, camisas personalizadas, mensagens de diretores uniformizados até a caminhadas sobre brasa, stand up comedy, paint ball, simulações de guerra e tantos outras estratégias criativas.

Em geral a cena é esta: alguém dá uma de gerente ou de diretor e percebe que os resultados deveriam ser melhores e conclui que a causa é a desmotivação da turma.
O sabidão ou sabidona então decide que precisam fazer algo para elevar o comprometimento dos desmotivados da empresa.
Procuram um palestrante, desses que estão na moda, em geral, nunca estiveram dentro de um escritório ou fábrica, mas possuem discursos inflamados e carismáticos valiosos para o momento, e é claro, devidamente preparados com recados já embutidos pelo contratante. Criam algum programa motivacional interno, escolhem as pessoas chave e realizam a atividade.
Os ritos da atividade, em geral, são ótimos e trazem um resultado: as pessoas interagem, brincam, riem muito, se abraçam, choram, e, voltam para casa encantadas com seus limites e com muitas fotos para mostrar...
No dia seguinte, estão todos na empresa rindo, alegres, festivos. Tudo continua dando errado, mas a diferença é que agora estão mais alegres...

Táticas de motivação assim acabam sendo um desperdício de tempo e dinheiro. Pois as reais causas dos problemas não foram tratadas. Muitas vezes são simples modificações nos processos como: reprogramações de trabalho, movimentações entre equipes ou ajustes de etapas, que trazem importantes melhoras. Mas aqui, neste post, quero destacar uma: a mudança de atitude da liderança.

Assim, antes de decidir por atividades motivacionais como as que mencionei acima, a liderança deveria se perguntar: "Será que o problema não sou eu?", ou "O que eu, como líder, preciso fazer para mudar?", ou "Qual a minha responsabilidade por este comportamento na minha equipe?".

Perguntas como essas podem ajudar a conhecer as reais causas e agir com maior assertividade.

Uma dica: existe um genial programa chamado "Undercover boss", da FoxLife americana (http://foxlife.com.br/br/programas/undercover-boss/), onde o presidente da empresa passa dias disfarçado entre os funcionários, atuando como um trabalhador comum. Nesta ação, passa a ouvir, sente na pele o que eles sentem, sofre com eles, percebe o que os aflige e, acima de tudo, passa a respeitar e ter maior atenção pelo seu time.
Vê que tem pessoas altamente comprometidas e que muitas vezes são esquecidas por seus chefes. Conhece iniciativas incríveis que são bloqueadas por uma supervisão despreparada, ou que pessoas estão sofrendo por problemas simples, que suas soluções seriam muito mais baratas que qualquer final de semana em um resort.

Será que se você pudesse andar pela empresa, sem que as pessoas te conhecessem, você perceberia tal realidade? A realidade crua e verdadeira como ela é.
Será que você teria a humildade de encarar que precisa mudar? E ser o agente das mudanças?

Será que você conhece plenamente o que as pessoas fazem na sua empresa ou área?

Tenho certeza de que se você investir um pouco de seu tempo para estar com as pessoas, sentindo na pele o que elas sentem, o engajamento, o comprometimento e outros comportamentos valiosos emergirão na equipe e você verá a sua liderança em prática.

Se você acredita que pode ser diferente, que há um jeito melhor de se conquistar o coração das pessoas para que trabalhem felizes, compartilhe conosco nos seus comentários.

Forte abraço.



Forte abraço.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Liderar e lapidar talentos

Olá!

Para o post de hoje, quero compartilhar alguns insights sobre liderança e seu real sentido, na minha opinião. Liderar é verbo de ação e é dependente de complemento. Quem lidera, lidera alguém. Mesmo que seja a si próprio. Mas aqui, vamos nos concentrar a liderar outros.

Ouvi de um importante professor indiano, Jagdish Sheth (http://www.jagsheth.net/), que líder deve fazer com que pessoas comuns sejam capazes de realizar coisas extraordinárias. Esta reflexão me chamou muito a atenção. Creio que a função de liderança precisa acreditar no potencial humano. Crer que o diferencial está nas pessoas e não nas coisas.

Este mesmo sábio professor, completou ainda, que o líder deve agir como um lapidador de talentos. Lapidar é ação de um artista que consegue multiplicar o valor de algo.
Veja um exemplo interessante, e simbólico, sobre o valor da lapidação:
1 grão de trigo após transformado, vira pão. Neste processo, seu valor agregado é de cerca de 3 vezes.
1 pedaço de carvão, após devidamente transformado, vira diamante. Neste processo, seu valor agregado é de 20 vezes.

Usando este raciocínio, liderança deve elevar o valor das pessoas. Líder deve ser capaz de multiplicar o valor que as pessoas possuíam. Para que consigam realizar coisas que nem elas mesmas acreditavam ser capazes.

Mas para isso acontecer é preciso acreditar.

Lembre-se: ninguém nasce odiando. Todos, em essência, nascem bons.
O que acontece que conforme o tempo passa, somos apresentados a condições e contextos que acabam endurecendo nossos comportamentos. Alguns são submetidos a intensas pressões sociais (pais, sociedade, etc), que acabam por criar "cascas" no coração. Fazendo com que ajam de forma dura, fria, indiferente, injusta, grosseira, etc. Mas todos, recebem o toque da Bondade para vir a este mundo.

Se você, de alguma forma acredita nisso, reflita como pode ajudar a lapidar os talentos das pessoas que convivem ao seu lado. Pode ser incentivando seus filhos, ouvindo mais sua esposa, tendo agenda para acompanhar sua equipe...

A oferta de ações é grande, basta escolher em qual lado você está!

Forte abraço.