domingo, 28 de novembro de 2010

Educação Corporativa: entendendo o propósito de educar.

Olá amigos e amigas!

Hoje quero compartilhar e estimular a nossa discussão acerca da EDUCAÇÃO.

Sou um grande defensor deste assunto e por ele minha carreira tem sido marcada e tenha certeza, a sua também! Por mais que você pense que não trabalha com educação, você faz parte de um grande círculo que envolve a nossa nação, e a esta moldura coloca a todos nós como atores importantes fundamentais deste cenário.

Todos somos responsáveis pela educação!

Engana-se quem pensa que este assunto é de única responsabilidade do governo. Fico triste quando ouço alguém dizer isso! Todos temos responsabilidade com a nossa pátria, e no sentido da educação, somos unânimes em afirmar que será pela educação que impulsionaremos nosso país às melhores conquistas que almejamos. Muitos são hábeis em reclamar da nossa educação, mas poucos são os que realmente entendem que devem ser protagonistas e realmente pôr as "mãos na massa", e ajudar a melhorar este quadro.

Tendo esta discussão como pano de fundo deste post, vamos analisar sob o ponto de vista corporativo:

Muito se fala no ambiente empresarial acerca do treinamento. Sempre que algo não vai bem, teimam em colocar o treinamento como solução para os problemas organizacionais. Às vezes, funciona, mas o que vemos é que em geral, são necessidades de melhorias em processos ou mesmo lideranças despreparadas para a função, as verdadeiras causas para muitas das mazelas corporativas.
Desde a era industrial, fornecer capacitação e treinamento para os empregados é considerada atividade fundamental para o sucesso das operações. Mas treinar é pouco! Um filme que ilustra muito bem o modelo treinamento é o "Tempos Modernos". Um clássico de Chaplin, que mostra de forma muito bem humorada, o que o "adestramento" faz aos colaboradores, pois ensina a repetição quase que ininterrupta de ações e movimentos: o homem sendo considerado como uma máquina de trabalhar...

Atualmente, pensamos em Educação e, no ambiente empresarial, toma forma a Educação Corporativa. Onde, o conceito fundamental da educação, introdução deste post, e a estratégia de longo prazo da organização são as direcionadoras dos processos de desenvolvimento de pessoal: ao considerar a educação como base, colocamos o compromisso de crescimento, de evolução e de cidadania; e esta, ao ser orientada pela direção proposta pela estratégia corporativa, faz com que tudo o que se ensina na organização, sempre sejam conhecimentos alavancadores de resultado e geradores de lucro. Assim, somente treinar é pouco, pois passamos a treinar o que realmente precisa ser difundido ou disseminado para suportar a estratégia e agindo de forma responsável, formando cidadãos mais conscientes e focados na performance organizacional.

Nos próximos posts, trataremos das práticas que podem ser utilizadas em organizações para desenvolver um modelo de Educação Corporativa forte e de simples aplicação.

Abraços!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Essencial e o Fundamental

Olá!

Muitas vezes ouvimos que "aquilo é fundamental para o sucesso", ou que "isso é essencial para que sejamos felizes...", mas afinal você sabe a diferença entre o que é essencial e o que é fundamental?

Ouvindo uma explicação muito interessante do filósofo Mário Sergio Cortella, pude compreender alguns pontos, os quais quero compartilhar contigo, a fim de contribuir para nossas discussões acerca de liderança.

O Essencial faz parte da essência, do íntimo, da alma, daquilo que nos compõe e nos identifica, e que, por esta natureza, não pode faltar. Por exemplo: honestidade. Esta faz parte da essência. Torna-se impraticável conviver com a desonestidade, fator este que não se discute: ou tem ou não tem! Não dá para colocar honestidade no seu currículo. Esta não é condição que aceitamos negociar.

O Fundamental faz parte do universo de condições que fundamentam e sustentam as decisões e fatos. O fundamental está repleto de reforços ao que procuramos, desejamos. O fundamental faz parte da base, garante as fundações que sustentam nossas decisões. Podemos adquirir novas habilidades fundamentais e estas, passam a sustentar nossas direções.

Assim, peço que reflita sobre quais são as características essenciais que te movem em busca de seus objetivos e, em seguida, tente analisar quais são as fundamentais que te apoiam nesta busca. Integridade, honestidade, transparência, compaixão, podem te ajudar a encontrar sua essência, sua identidade.

Liderança só se sustenta na prática dos valores essenciais, aqueles que compõem um quadro de crenças e que dão significado à formação de novos líderes, ao exemplo a ser seguido, à busca pela felicidade genuína e justa.

Pense nisso!

Forte abraço.

domingo, 14 de novembro de 2010

Dicas para Gestão do Conhecimento

Olá!

O conhecimento é um ativo muito importante e relevante para o sucesso das organizações. Aquelas que já perceberam esta vantagem competitiva, colocam esforços e gerenciamento focado em trazer resultados e sustentabilidade às estratégias organizacionais.
Decidi citar neste post, algumas dicas para que você possa iniciar um processo rápido e de simples implementação, a fim de organizar e obter ganhos a partir do uso do conhecimento em seu trabalho:

Criação de Conhecimento:
A produção do conhecimento tem na criatividade sua força propulsora e é papel da liderança estimular com que as pessoas possam errar, tentar, experimentar e descobrir formas diferentes de realizar as mesmas atividades. As pessoas precisam sentir que podem aprender e que devem contribuir para o sucesso da organização através de seu aprendizado.

Organização do Conhecimento
O conhecimento precisa estar, de alguma forma, organizado para que facilmente possa ser acessado e utilizado. Técnicas de taxonomia ajudam a indexar e ordenar o conhecimento na forma de tópicos e níveis. Fichários, procedimentos indexados, e possuir um sistema de fácil identificação são elementos fundamentais para conseguir esta organização.

Compartilhar o Conhecimento
Como ação, o que temos visto é que tem maior sucesso quando o líder dá o exemplo. Se a liderança sempre reune sua equipe para compartilhar algo que sabe, aprendeu, ou mesmo que deseja informar-lhes, já está dando uma enorme contribuição, pois as pessoas aos poucos entenderão o recado: "ensine o que você sabe!". Quem compartilha com os outros o que sabe, ganha notoriedade, vira referência naquele assunto, passa a ser visto como alguém de fácil relacionamento e que se importa com o trabalho coletivo. Bons adjetivos para uma promoção, certo?

Retenção do Conhecimento
Ações simples e altamente importantes podem ser realizadas por todas as equipes para retenção do conhecimento, como: escrever ou filmar como foram resolvidos determinados problemas, documentar processos, anotar dicas e passos de boas práticas para que outros possam repetí-las no futuro.

Proteção do Conhecimento
A melhor maneira de se proteger o conhecimento é publicá-lo. É muito importante saber diferenciar segurança da informação e proteção do conhecimento. Na segurança da informação esta deve ser classificada em níveis e, a organização deve possuir um processo que oriente a disseminação conforme sua classificação. Já ao conhecimento, devemos ter em mente que este é fundamental para a execução das atividades. Para ganhar vantagem competitiva com o conhecimento descoberto é preciso publicá-lo. A posse da autoria, coloca o autor em uma posição muito confortável, pois possibilita a dianteira tecnológica, a notoriedade científica e no mercado, além do fato de poder receber os royalties do uso deste conhecimento por terceiros, no caso de registrá-lo e reconhecer sua propriedade intelectual.

Uso do Conhecimento
Estimulando a troca de saberes, aplicação de inovações em projetos multidisciplinares, promovendo a melhoria contínua e trazendo ganhos financeiros ou não para as organizações, o líder pode promover o uso consciente e organizado do conhecimento instalado. Reconhecendo o sucesso de boas práticas ou sinalizando os alertas críticos, equipes aumentam a força e a intensidade do uso dos conhecimentos alimentando que este ciclo continue a trazer valor à organização.

Estas práticas simples, podem ajudar-lhes a promover a importância do conhecimento como um ativo valioso de sua equipe, empresa ou mesmo sua carreira.

Até o próximo post!

Abraços

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O poder do entusiasmo

Olá!


Hoje quero compartilhar uma definição bastante interessante e que pode te ajudar a inspirar tuas equipes e ações. Você conhece o significado da palavra entusiamo?

Antes que você procure no Google ou outro buscador, deixe-me trazer-te uma breve história:
Entusiasmo vem do grego, enthousiasmós, onde Théos, significa Deus.
Na Grécia antiga, existia um local chamado Delphos, onde lá vivia uma vidente. Os gregos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses e, esta vidente teria o poder de receber estes deuses quando os invocava (aqui no Brasil seria baixar o santo...rsrsrsr).
Conta a história que os comandantes militares, antes de saírem com suas tropas a alguma batalha, iam até Delphos e solicitavam à vidente que recebesse energia dos deuses e transmitisse a todos os seus soldados. Assim, ao receber os deuses, ela ficaria "entusiasmada", ou seja, com a energia dos deuses e passaria essa força aos combatentes, e estes, após isso, ao ficarem também "entusiasmados", iam muito mais confiantes e motivados às fileiras dos combates.

Nós, brasileiros, não cremos em vários deuses. Cremos em um só Deus. Usando este conceito, podemos dizer que a palavra entusiasmado, significa: "Aquele que tem Deus dentro de si".

Me atrevo a dizer que o entusiasmado, acredita muito mais nele, menos na concorrência, muito mais em suas forças e competências, menos em seus competidores, pois sabe, que existe algo ou alguém muito poderoso que o protege e ajuda... O Entusiasmado "transborda" energia positiva por onde passa, consegue mudar o ambiente para o bem, coloca as pessoas em um patamar muito superior de onde as encontrou, porque sabe que consegue, acredita, confia em si próprio.

Peço que reflita: o quanto você tem sido entusiasmado ultimamente? Será que sua equipe percebe o seu entusiasmo? Será que te seguem porque acreditam na tua luz? Lembre-se: o entusiasmado confia muito mais nele, nas suas fortalezas do que no mundo externo, nas suas limitações.

O que você tem sido para sua equipe? Um entusiasmado líder, apaixonado por criar obras? Qual o legado pretende deixar? Qual a marca sua será lembrada?

Forte abraço.

sábado, 6 de novembro de 2010

Liderança Protagonista

Olá!

Certa vez, fui contratado por uma organização para trabalhar com sua liderança. Encontrei um cenário bastante típico: queda nas vendas, alta de desperdícios, colaboradores sem entusiasmo, acionistas com os nervos à flor da pele, clientes reclamando... Ou seja, um desastre!
Comecei meu trabalho em uma manhã de segunda-feira, e fiquei somente observando e ouvindo os comportamentos, ações, analisando as atitudes, e fazendo algumas anotações. Fui convidado por um coordenador de atendimento a tomar um café da manhã com ele. A empresa era muito bonita e agradável, possuía um local para convivência dos colaboradores bem aconchegante e tranquilo. De início, ele me disse:

- "sabe Rodrigo, o nosso problema aqui é que a área de vendas sempre só pensa em vender sem se preocupar se conseguiremos atender...". Questionei-o se havia outros problemas parecidos e ouvi:

"Ah! Com certeza! O pessoal da entrega então, nem te falo... e, sem contar o fato de que o garoto do financeiro, não ajuda...".

Após esta degustação do que eu encontraria, continuei minha peregrinação observando a equipe de estoque e armazenagem trabalhando e ouvi o supervisor de armazém dizendo a um de seus empilhadeiristas:
"- Esse pessoal de compras não sabe o que faz mesmo...!"

Depois de um dia inteiro de exemplos, desenvolvi meu programa aos líderes com o nome de "Entre em cena!" e, um dos principais tópicos que trabalhei foi levar todos à reflexão acerca do conceito de "Protagonistas" e "Vítimas" na organização.
Vítimas são aqueles que sempre estão sofrendo algo por ação de outro, que naquele momento, usou de sua força, posição, poder... Organizações em que existe baixo senso de responsabilização é comum encontrarmos a postura a vitimização, aquela em que as pessoas preferem colocar a culpa no outro primeiro, a assumir a sua parcela de responsabilidade.
Quantas e quantas vezes ouço me dizerem que é culpa do governo termos deficiências no campo da educação, por exemplo. Pergunto-lhes: e qual é a sua responsabilidade? Você acha que não tem responsabilidade com a sua pátria? Qual é a sua parcela de contribuição para melhorar a educação da sua casa, vizinhança, empresa, etc?
Precisamos de uma liderança mais protagonista. Que assuma a cena do presente e pare de ficar lamentando o passado. Precisamos de uma liderança que dê o exemplo de atitudes em que o assumir a responsabilidade seja a regra. Precisamos de liderança que pare de ficar reclamando e passe a agir, antecipando-se aos fatos, mostrando a todos da equipe que: "sim, nós podemos!" ou "a responsabilidade é nossa!".
Assim como o "líder vítima" deixa sua marca na equipe, "líderes protagonistas" também deixam, só que para estes, a marca vem com melhora da performance, clientes mais satisfeitos, equipe com mais "brilho nos olhos".
Lancei um desafio aos líderes daquela organização para que usassem a seguinte afirmação: "o problema é nosso!". Pedi que começassem a usar o pronome "nós" em todos os seus discursos e que sempre estimulassem suas equipes no uso deste pronome...

Resultados? Nos dois primeiros meses, tiveram 13 pedidos de demissão! E veja que interessante: 80% dos que saíram eram justamente aqueles com maior postura de vítima em tudo. Reclamavam de tudo e todos. O grupo até ficou mais leve e aliviado... Passados alguns meses os novos colaboradores, que vieram já ouvindo a nova doutrina do "nós" assumiram rapidamente o ritmo do trabalho protagonista... Até que receberam o primeiro e-mail de elogio de um grande cliente, enaltecendo o trabalho ágil e prestativo de uma das equipes. O que fizeram? Comemoraram muito e passaram a usar isto como meta: Surpreender o cliente!

Protagonista faz isso, concentra-se na satisfação do outro ao invés de culpá-lo pelo fracasso.

Faça isso! Estimule sua equipe a pensar como protagonista das ações. Reconheça as ações proativas e entusiasmadas com foco do cliente, isto pode ser um importante diferencial competitivo.

Abraços.