segunda-feira, 28 de junho de 2010

A importância da liderança para que o conhecimento seja compartilhado

Olá

Dizem que o exemplo é o melhor dos professores. Creio que sim.
Acredito que existe muita importância no exemplo, nas atitudes, na postura, na conduta, no caminho que é seguido para que as pessoas tomem alguma referência.
Existem formas e formas de se chegar a um resultado, desta forma, existem pessoas que acabam sendo referências e, por este motivo, passam a possuir uma visibilidade importante no meio social em que convivem. A esta visibilidade podemos chamar aqui de "exemplo".
O estilo adotado por um líder pode ser a causa de muitas posturas referentes ao compartilhar ou não o conhecimento acumulado na atividade ou área de atuação da equipe. O líder estimula sua equipe a trocar conhecimentos, quando ele é parte integrante desta troca, aliás, quando ele inicia esta troca. Os membros da equipe tendem a observar a postura do líder neste momento. Observam cada movimento, linguagem corporal, sinais, humor, enfim, todo e qualquer traço de comportamento que indique a vontade de ensinar o que sabe aos outros. Quanto mais este fenômeno ocorrer dentro da equipe, mais inclinada à atitude de compartilhar ela será.
A todo tempo, vemos pessoas despreparadas em cargos de liderança. Pessoas que relutam em contar o que sabem, que estimulam a centralização, a tomada de decisão baseada em sua palavra final, a baixa responsabilização... vê-se também que estas pessoas nem sempre compreendem o impacto que estas ações estão causando nos demais ao seu redor, principalmente em sua equipe direta.
Compartilhar é ato de doação! De desprendimento e para isso, precisa de muita coragem.
Coragem para saber que a partir daquele momento, passa a ter outras pessoas sabendo o que você sabe. Coragem para assumir que não é o dono da verdade e que permite que outros possam colocar o seu ponto de vista e colaborar para a tomada de decisão.
Coragem para abrir mão da propriedade pelo conhecimento e partir para a co-autoria.
Coragem para ser reconhecido e não somente para ser visto.

Pode-se dizer que compartilha aquele que tem coragem, que aliás, coragem não é ausência de medo! É saber controlar seus medos e seguir em frente.
Creio que devamos focar no equilibrio, em colocar o exemplo nas nossas ações. Para que outras pessoas possam seguir-nos e compartilhar o que aprenderam e gerar novos conhecimentos.
Portanto, compartilhe!

Abraços.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Conte-nos como você resolveu este problema...

Olá!

Quantas sensações estão presentes no título deste post?

Se pararmos para analisar um instante, muitos fatores podem influenciar o desfecho desta solicitação aparentemente corriqueira e simples. Depende muito de variáveis "invisíveis" como: o contexto, a cultura organizacional, o nível de responsabilidade da pessoa para com a organização, o estilo de liderança que predomina no ambiente onde ela convive, suas ambições, suas ansiedades... Chamo aqui de variáveis invisíveis por não estarem declaradas nos murais, nos procedimentos, nos documentos, mas com certeza são muito mais fortes que estes ritos corporativos.
Vejamos cada um destes fatores:
- O contexto: este é o cenário atual da vida organizacional. No contexto reside um conjunto de ingredientes conjunturais que compõem como está o clima e o ambiente da empresa ou no grupo onde ela atua. É importante saber ler o contexto, pois ele pode estimular ou não que a pessoa queira compartilhar a solução do problema, ou no mínimo, estimular para que a pessoa conte, somente o necessário, ocultando fontes e ricos detalhes.
- A Cultura: o modus operandi da organização. A cultura organizacional pode estimular ou vetar a troca de conhecimentos. Em organizações com modelos de cultura mercenários, a troca só acontece de o autor receber algo em troca, ou seja, não é genuína. Saber a entender o modelo cultural pode apoiar as decisões de gestão do conhecimento a fortalecer ambientes colaborativos.
- Nível de Responsabilização da pessoa: este tópico refere-se ao quanto a pessoa realmente se sente comprometida com as suas entregas e o quanto ela compreende que faz diferença na organização. Quanto maior for este índice, mais ela sente responsabilidade por trazer resultados superiores.
- Estilo de liderança predominante: este tem se mostrado o tópico mais marcante. O estilo que seu líder possui marca a vontade de compartilhar. Se ele vê seu lider sempre compartilhando plenamente o que sabe, se percebe o exemplo a ser seguido, provavelmente seguirá. Investir em um modelo de liderança voltado ao desprendimento e ao foco coletivo é fundamental ao sucesso de estratégias de gestão do conhecimento.
- Ambições pessoais: as metas de crescimento do indivíduo, seus sonhos, aspirações. Compartilhar conhecimentos traz notoriedade, visibilidade e faz da pessoa uma referência de saber no grupo. Isso é um tipo de recompensa social. Saber utilizar esta caracteristica como vantagem, pode auxiliar o gestor do conhecimento a ter maior envolvimento das pessoas.
- Ansiedades: os medos, os sentimentos ocultos; estes podem agir como torneiras de controle de vazão do conhecimento. Quanto mais negativo o ambiente mais o individuo se apega ao que sabe e menos compartilha, pois passa a usar o seu conhecimento como poder, como forma de proteção individual.

Estes fatores, aqui chamo de cortina invisível. Esta cortina, que o gestor do conhecimento precisa aprender a abrir. Saber coordenar estas variáveis em foco aos resultados esperados com a gestão do conhecimento e fomentar a inovação e geração de valor à organização.

Abraços.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Priorização

Olá

Como já tratado nos posts anteriores, não se faz a gestão de todo o conhecimento existente na organização. Este é um intangível e que, na maioria das vezes, está somente na cabeça das pessoas. Só este fato, já justifica a existência de uma área dedicada ao conhecimento. Pois enquanto a corporação permitir que fique somente com as pessoas, ela passa a ficar vulnerável e com menores possibilidades competitivas sustentáveis.
Ao identificarmos quais os conhecimentos existentes e que, passam a ser diferenciadores estratégicos para o negócio, realizarmos a etapa de taxonomia, podemos passar à etapa de priorização.
Priorização passa a ser um elemento fundamental para a existência de estratégias de gestão do conhecimento eficientes.
Trata-se visualizar a lista de conhecimentos identificados e devidamente classificados e, em seguida, passar por um crivo de validação. Esta validação deve estar pautada na estratégia de longo prazo da organização. O planejamento estratégico pode nortear e esclarecer algumas dúvidas quanto a critérios de priorização, do tipo: quais elementos nos trazem maior vantagem competitiva para o futuro? Quais conhecimentos precisamos preservar aqui na empresa, pois são parte das nossas core competences? Quais saberes são nossos diferenciadores e, portanto, precisamos fortalece-los no mercado, seja atraindo novos colaboradores, desenvolvendo internamente ou incrementando o que já temos internamente?
Priorizando, o gerente do conhecimento pode ter maior foco de trabalho, consegue estabelecer um modelo de governança que realmente possibilite uma administração e construção de vantagem competitiva a partir dos conhecimentos priorizados, pois, estes é que trazem resultados à estratégia da corporação.
Portanto, a etapa da priorização nada mais é do que saber fazer as escolhas certas. Decidir por quais conhecimentos precisamos gerir e extrair vantagem para a organização. Saber fazer as perguntas certas, a fim de demonstrar valor adicionado ao negócio à partir da gestão do conhecimento.

Abraços

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Taxonomia

Olá!

O que é taxonomia?


Segundo o Wikipedia, é uma forma de classificação de informações. Em gestão do conhecimento, podemos definir como uma técnica ou ciência de organizar os conhecimentos. Os modelos taxonômicos apoiam a busca e a identificação rápida de conhecimentos.
Para uma eficaz gestão de conhecimentos é preciso realizar uma varredura pelas definições, saberes corporativos, processos, técnicas, métodos e informações relevantes ao negócio e, em seguida ordená-las em níveis de aplicação ou utilização. A partir deste momento, tem-se um documento que precisa ser validado como o dicionário taxonomico da organização. Este documento, apresenta a indicação sistemática dos conhecimentos disponiveis na corporação e, a partir deste, pode-se focar a priorização de ações, a fim de promover a gestão do conhecimento.
Todos nós realizamos algum tipo de taxonomia. Por exemplo, a organização de nossas pastas e diretórios de trabalho, onde ao criarmos novas pastas e subpastas, ordenamos o conteudo em assuntos para facilitar nossa localização e priorização. Quanto mais desdobrado em níveis, mais completo o mapeamento taxonômico do conhecimento.
Bom, a partir de agora, não precisa mais se assustar quando ver esta palavra novamente. Ela é tão cotidiana quanto útil à gestão do conhecimento, para saber o que gerir e em qual nível iremos focar as ações.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O que é Gestão do Conhecimento?

Olá

O Conhecimento:
Segundo o Wikipedia, é o ato ou efeito de abstrair idéia ou noção de alguma coisa, como por exemplo: conhecimento das leis; conhecimento de um fato (obter informação); conhecimento de um documento; saber, instrução ou cabedal científico (homem com grande conhecimento). Podemos conceituar conhecimento da seguinte maneira: conhecimento é aquilo que se admite a partir da captação sensitiva sendo assim acumulável a mente humana. Ou seja, é aquilo que o homem absorve de alguma maneira, através de informações que de alguma forma lhe são apresentadas, para um determinado fim ou não. O conhecimento distingue-se da mera informação porque está associado a uma intencionalidade. Tanto o conhecimento como a informação consistem de declarações verdadeiras, mas o conhecimento pode ser considerado informação com um propósito ou uma utilidade.
Desta forma, se o conhecimento é a informação com "uso", este passa a demostrar valor para as organizações, já que possuir ou não determinado conhecimento sobre método ou técnica específica do negócio, passa a ser fundamental para a competitividade, ou seja, para estar no mercado em que está, a organização precisa dominar certos "conhecimentos" sobre o este e saber tirar disso, suas vantagens competitivas.
Tendo como pano de fundo este cenário, faz-se necessário uma disciplina que oriente modelos de gestão, onde seja possível extrair estas vantagens competitivas e posicionar a corporação em seu meio de negócios. Mas será que é possível realizar gestão de todo conhecimento na organização?

Muito se tem falado a respeito. Alguns autores defendem que não existe gestão do conhecimento, já que este é algo intangível e de difícil controle por estar, em muito, na cabeça das pessoas.
Mas, ao nos referirmos ao valor gerado pelo conhecimento depositado nas organizações é preciso ter um método, um mecanismo que auxilie os gestores a encontrarem os diferenciais competitivos corretos. Assim, gestão do conhecimento passa a ser um conjunto de práticas e metodologias capazes de orientar os gestores a extrair o máximo de valor ao acionista, dos conhecimentos existentes na organização.
Considerando que, todo o conhecimento existente na organização, não pode ser gerido em sua totalidade, para se realizar a efetiva gestão do conhecimento é preciso saber priorizar, este é o verbo.
Definir quais as alavancas estratégicas suportam o negócio para o presente e para o futuro? Quais os elementos de conhecimento devem estar presentes nestas alavancas e que merecem ter um tratamento deferenciado?
A partir da respostas a perguntas como estas, podemos iniciar projetos e programas de gestão de conhecimento, focados em gerar valor ao acionista e obter resultados focados em vantagem competitiva.
Assim, fazer gestão do conhecimento é uma ação de management fundamental aos negócios de toda e qualquer corporação, não importa o porte, ramo de atividade, segmento, etc. Basta saber o que faz e o que quer fazer no futuro...