domingo, 18 de abril de 2010

O Analfabetismo funcional e o Brasil

Olá

Há um assunto muito importante a ser considerado quando falamos em desenvolvimento de conhecimentos e fortalecimento do capital humano nas organizações. Aqui trataremos de Analfabetismo Funcional.
Este, refere-se aqueles indivíduos que mesmo com a habilidade de decodificar minimamente as letras, frases, textos curtos, não consegue interpretar textos, ou de fazer operações matemáticas.
Existem três níveis distintos de alfabetização funcional (wikipedia):
  • Nível 1, também conhecido como alfabetização rudimentar, concebe aqueles que apenas conseguem ler e compreender títulos de textos e frases curtas; e apesar de saber contar, têm dificuldades com a compreensão de números grandes e em fazer as operações aritméricas básicas.
  • Nível 2, também conhecido como alfabetização básica, concebe aqueles que conseguem ler textos curtos, mas só conseguem extrair informações esparsas no texto e não conseguem tirar uma conclusão a respeito do mesmo; e também conseguem entender números grandes, conseguem realizar as operações aritméticas básicas, entretanto sentem dificuldades quando é exigida uma maior quantidade de cálculos, ou em operações matemáticas mais complexas.
  • Nível 3, também conhecido como alfabetização plena, concebe aqueles que detêm pleno domínio da leitura, escrita, dos números e das operações matemáticas (das mais básicas às mais complexas).
Segundo dados de 2005 do IBOPE, no Brasil o analfabetismo funcional atinge cerca de 68% da população (30% no nível 1 e 38% no nível 2). Somados esses 68% de analfabetos funcionais com os 7% da população que é totalmente analfabeta, resulta que 75% da população não possui o domínio pleno da leitura, da escrita e das operações matemáticas, ou seja, apenas 1 de cada 4 brasileiros (25% da população) são plenamente alfabetizadas, isto é, estão no nível 3 de alfabetização funcional.

Ou seja, temos um grande e importante compromisso social a realizar. A cada solução de aprendizagem que elaboramos, cada modelo de compartilhamento e disseminação do conhecimento que construímos, estamos colaborando para a redução do grande hiato existente entre a formação e a necessidade de entrega de resultados em competências.

Todos somos responsáveis por este indicador. Enganados estão aqueles que pregam que é missão exclusiva dos governos. Precisamos fortalecer a cultura de comunidade: a cultura de que somente seremos fortes se unidos estivermos. Somente teremos uma nação soberana, que valoriza seu conhecimento e consegue ter vantagem competitiva, quando todos contribuirmos para esta causa de formação educacional.

Pense no que você está fazendo: no que está contribuindo para a causa do conhecimento da comunidade brasileira.

É nossa responsabilidade.

Abraços.

domingo, 4 de abril de 2010

Quem detém o conhecimento na empresa?

Olá!


Já imaginou quando conhecimento existe em uma organização? Pois é, existe um bocado!
Agora imagine o quão importante é o papel de projetos de gestão do conhecimento para as organizações. Neste sentido, faz-se necessário atuar de forma a fomentar atitudes que incentivem que este conhecimento seja compartilhado, protegido e colocado em prática, para suportar a continuidade dos negócios.

Como este conhecimento está basicamente nas pessoas, o papel da liderança é muito importante, pois deve ser o motor do exemplo das atitudes citadas acima. O que temos visto, é que empresas onde o conhecimento é tido como poder, em geral, é porque possuem chefes orientados à centralização, à não confiança e, isso só obstrui as passagens do conhecimento.
Uma das formas de se conhecer quais os detentores do conhecimento na organização, é a realização de projetos focados em uma metodologia conhecida como ARO (Análise de Redes Organizacionais). Neste modelo, são mapeados quais os agentes (pessoas) são considerados como referências aos integrantes de uma rede dentro e fora de uma organização, como aquelas emque elas recorrem ao precisarem de alguma ajuda, ou apoio na solução de problemas específicos.
Existem várias formas de mapeamento, como análises de log de e-mails, log de telefonemas e via questionários, onde através de perguntas simples e diretas, as pessoas são convidadas a apontar nomes daqueles em que procuram em determinados assuntos.
Aí basta ao projetista de gestão do conhecimento, junto com a alta direção, escolherem quais os objetivos que devem ser mapeados, definir quais as melhores ferramentas disponíveis a este mapeamento para em seguida, por um modelo gráfico, representar como funciona e opera a rede de conhecimentos da organização.
Abaixo, segue um exemplo da representação gráfica de uma rede organizacional. A partir dela, podemos realizar análises como:

1- Nem sempre os eixos principais de uma rede, são os líderes de equipes, ou seja, a rede transcende o organograma formal da corporação;
2- Podemos identificar aqueles detentores do conhecimento crítico e ainda simular o impacto de perda deste conhecimento para a rede. É possivel também identificar quais pessoas não detém este saber, para matricula-las em programas de compartilhamento de conhecimentos internos, a fim de aumentar os laços da rede.

Desta forma, podemos começar um projeto de identificação de conhecedores dentro da empresa, e programar formas mais eficientes e eficazes de proteção e compartilhamento de conhecimentos.


Até breve.