segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mas... e se eu errar???

Analisando a pergunta título desta postagem podemos identificar alguns pontos interessantes a respeito da inovação e da criatividade.

Começando pelo "mas": esta indica uma conjunção que incita oposição à oração. Ou seja, usando o "mas", temos uma oportunidade de apresentar uma contrariedade à afirmação inicial. Sabemos que a criatividade é elemento alimentado pelo foco positivo das ações, e, se utilizamos de um expediente de contrariedade, estaremos atraindo exatamente o que não queremos, ou seja, a falta de criatividade.
Dando sequência à análise, vamos ao "...e se...": neste caso, o autor desta pergunta está apresentando uma alternativa. Utilizando desta forma, colocamos um contraponto no que está sendo afirmado. Vê-se que este "se" mostra a dúvida do interlocutor. Se pararmos para pensar um pouco, a dúvida é um excelente instrumento do aprendizado. Através da dúvida podemos apresentar um caminho para que o outro descubra o caminho do conhecimento. Contudo, no caso da pergunta que estamos analisando, esta dúvida pouco ajuda. Ela mais bloqueia a criatividade do que incita a energia criativa. Pois logo em seguida, apresenta o objeto da dúvida: "eu errar", e é justamente aí que mora o bloqueio: o medo.
O medo de ser rejeitado, no medo de ser reprovado, no medo de não ser aceito pelos demais... Medo.
Um sentimento que não remete ao positivo e, na verdade, pode até aprisionar em caso de excesso.
Lembre-se de que coragem não é ausência de medo. E coragem sim, impulsiona, energiza.
Creio que é preciso dar maior valor às conquistas, por menor que elas possam parecer.
Desta forma, a pergunta acima, poderia ser facilmente respondida com: "e... se eu acertar?". Incentivar a tentativa, valorizar a busca, o caminho, a inquietude, ... Isto deve ser algo muito maior, bem como a oportunidade de poder aprender com o próprio erro. E, por que não aprender com o erro dos outros (o que aliás é muito mais barato!), isso sim é atitude corajosa e criativa.
Lembre-se: só não erra quem não faz!

Abraços.

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